terça-feira, 16 de outubro de 2012

NEM DEM, NEM PMDB/PT, NEM PP, Convoco o povo para tomar o poder!


NEM DEM, NEM PMDB/PT, NEM PP, Convoco o povo para tomar o poder!


A luta por um Meio-Ambiente equilibrado, por uma Agricultura que fortaleça os camponeses, por políticas públicas que beneficiem as comunidades tradicionais (pescadores, marisqueiras, catadoras de mangaba) requer, sobretudo esforço, trabalho e mais do que isso posicionamentos que de fato e de direito tenham como foco os excluídos e não os poderosos e remediados. Concepção que se solidificou durante a minha recente historia de militância no movimento estudantil, dentro do centro acadêmico livre de agronomia defendendo a educação pública de qualidade, na federação de estudantes de agronomia do Brasil-FEAB dialogando com as mais diversas lutas populares, junto ao MST aprendendo a importância da reforma agraria e em eleições do DCE entendendo que a politica se faz com a prática e proposta de transformações radicais que vão de encontro à sociedade capitalista, e assim imbuída na vontade de contribuir com a transformação do meu município é que aceitei o convite para assumir a secretaria de Meio Ambiente, Agricultura, Abastecimento e Pesca de Barra dos Coqueiros, cidade onde me criei e moro a 20 anos dos meus 23 anos de vida, secretaria a qual era antes dessa data estagiária. Acreditava na tarefa árdua que seria avançar em um meio complexo e principalmente em um ano tão engessado pela cancerígena politica eleitoreira, mas a tarefa estava posta e não recuei diante das possibilidade de contribuir efetivamente para uma reviravolta contra a devastação da zona rural, do nosso povo e dos nossos ecossistemas. No caminhar dessa estrada foram inúmeros os entraves estruturais, que vão desde a ausência de condições dignas de trabalho (veículos precários, ausência de depósitos para materiais e de aposentos dignos para os servidores) até a quase impossibilidade de aquisição de insumos e aparatos estruturantes para o encaminhamento das tarefas, os entraves se seguiram na negação dos métodos e concepções que defendi nos espaços coletivos das lutas populares. Causei desconforto a entes da gestão ao não me opor e apoiar a legitima e radical luta organizada por moradia do MOTU- Movimento dos Trabalhadores Urbanos, e as divergências seguiram ainda na minha insistência em colocar a secretaria a disposição do MCM-movimento das catadoras de mangaba, não só dispondo do veiculo mais divulgando e debatendo publicamente a necessidade latente de áreas preservadas para a categoria, fiz isso sem questionar a que partido pertenciam ou se aglutinavam uma grande base ou não, acreditei na causa dessa comunidade tradicional que deve ser fortalecida e não fragmentada em grupos oponentes; nossas discordâncias ficaram ainda mais evidentes no episodio da quase desapropriação dos catadores de material reciclado, que apesar de terem sido formalizados em cooperativa por essa gestão, não podemos deixar de reconhecer esse importante trabalho, careciam de auto organização e infra estruturar, e está ultima estava sendo frontalmente atingida com a retirada do local de triagem para a construção de um posto de saúde, sem aviso prévio formal em tempo hábil para solucionar a questão, diante da revolta dos cooperados e da minha impossibilidade de agir nessas esferas fui com todos eles ao gabinete do prefeito incentivando-os a exigir os seus direitos organizadamente, ação considera descabida. É inegável o meu agradecimento à oportunidade de trabalhar com povo da Barra, e agradeci trabalhando muito e tirando de onde não tinha para executar nossas ainda insuficientes ações. O fato é que percebi na prática que a politica conservadora do Democratas não estava habituada a essa formas de trabalho onde o povo tem voz e fala mais alto, cabe citar que tão pouco o eleito ex e atual prefeito e seu vice PMDB/PT conseguiram efetivar ações transformadoras em defesas dos camponeses e Trabalhadores, muito pelo contrario foram perdulários com construtoras e negligentes com a invisibilidade da zona rural, o que falar também da eminente zebra do PP, aliada a antigos coronéis que retornam ao poder na capital com a força do financiamento empresarial. Não acredito nessa forma de fazer política, me neguei a participar desse processo, guardo no meu peito a força de lutar para mudar a naturalização da compra de votos e troca de favores durante 2 meses, que resultam em migalhas por no mínimo 4 anos; não aceito acreditar que o fim do nosso povo é ser explorado e enganado com ouro de tolo. Em função disso pedi afastamento e exoneração a quase três meses atrás, processo que não ocorreu por conta da transição e por conta do imediatamente do período eleitoral, o fato é que avaliei ser tão sujo que divergências virassem palanque para qualquer um dos grupo, pois nem um deles certamente representa a transformação necessária, fazem parte de um jogo monetário de interesses e poder, por isso precisamos fazer da luta cotidiana nossa prática de denuncia e cobranças organizadas. A barra precisa de novas alternativas comandadas pela foça dos que são explorados, pela força dos jovens críticos, devemos juntos mostrar a força dos sonhos; sou socialista e faço parte de um povo que está na rua por um ideal e não por nenhum real, de um povo que não se vende e não se rende, e apesar desse posicionamento parecer absurdo para grupos instituídos, destituídos e aspirantes ao poder ele é muito concreto, pois reflete a lacuna de coragem que devemos buscar na politica. Barra dos Coqueiros temos que nos organizar, precisamos de novas alternativas sejamos realistas e exijamos o que para muitos parece impossível de mudar.


Deixando claro que essa NOTA tem cunho político, e que pessoalmente guardo os melhores sentimentos aos que me concederam essa oportunidade e lamento pela incompatibilidade do caminho, mas que ele precisa ser seguido.

 
Marina Franca Lelis Bezerra.
Eng. agrônoma , ex-secretária de Meio Ambiente, Agricultura, Abastecimento e Pesca Município de Barra dos Coqueiros.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012



Somos um grupo de jovens que percebeu a necessidade do município de ter um grupo que debatesse um projeto político transformador para a Barra dos Coqueiros.